sono vs. cabeça.
e a insônia ataca novamente.
é só deitar na intenção de descansar para conseguir enfrentar um dia cheio que minha mente acelera seus pensamentos e sua aleatoriedade. coisas que nem havia parado para pensar antes, agora, ela medita sobre. da manhã gelada em forma de fim de tarde do dia que voltei pra casa que não é um lar, dos sentimentos pesados, em boa parte ignorados para ser possível seguir em frente. não entendo. será pela posição da cama no quarto? ou pelo fato que dormi demais ontem? pela falta de meditação no dia a dia? pelas novidades ruins todas juntas nessa fase da vida tão conturbada? sou minha própria psicóloga e busco o entendimento e reconhecimento de todas as partes. mas a falta de certos costumes entram no jogo exatamente na hora da paz planejada, e merecida. fecho os olhos e brigo com o sono. viro pra lá, de bruços, tiro o casaco, respiro fundo, viro pra cá, sento, respiro mais profundamente, deito, me posiciono mais confortavelmente, mas parece que nada resolve. sinto como se estivesse tudo calmo ao meu redor, e estivesse em uma estrada sem fim a vista, o carro acelerando, acelerando mas não dando partida. e quando por fim sai do lugar, não anda, corre. 150 kilometros por hora. e esse é só o começo. e eu não tenho controle do mesmo. quero freiar mas só aperto o acelerador. é um pesadelo de olhos abertos caçando pela calmaria de um sono bom.
menos uma hora dormida e contando.
vou escrever o que tanto perturba a cabeça e ela esvazia. meus demônios gostam de brincar.
por um segundo parece um hospício essas ruas. o mundo desmorona, meus braços formigam escrevendo o desabafo no celular. e mais um refluxo, sem fluxo certo. sem deixar fluir.
o banho de sal grosso deveria ter ajudado nessa parte também. e o copo de vidro com água embaixo da cama também. impenetrável, eu diria. mas não pode ser assim. ansiedade, você vai ter que sair desse quarto. e não somente por esta noite. não permiti, e continuo não permitindo sua estadia. me deixa descansar. me deixa respirar. leva contigo pra longe esse stress que insiste em vibrar minha palpebra. e interromper a tentativa de dormir para escrever o que se passa na minha cabeça. eu sei que não é o barulho do trânsito lá fora. eu até liguei o ventilador pro silêncio não parecer perturbador. mas o refluxo vem e vai. a calma não faz moradia por muito tempo. o que eu tô fazendo daqui, indago sem querer. no pior momento possível. carência agora? por favor né. dá um tempo, não agora. deixa eu me sentir bem por mais tempo.
e
pelo
amor
da
deusa
me deixa dormir!
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