cegamente crente
o veneno
que destilas de graça
chamando de amor
é a tua maldição
cegamente crente
acreditou tanto
que acabou por se tornar teu deus-ego
o veneno
que destilas de graça
por todos teus orifícios
a loucura incrustrada
encarando no espelho
uma mentira
a falta do que é de fato amor
algo que nunca conheceu
e talvez nunca tenha o prazer
será que vai adiantar salvar?
o que sobra do que um dia foi uma vida
é pouco demais para te manter são
ou qualquer outro a tua volta
tu fazes aos outros o que faz consigo
e não carregas consciência
teu pavor vestiu muito bem
e na própria fortaleza dos teus medos queimarás
no fogo que ateou
a quem só precisava de uma mão de ajuda
no escuro total, dentro
que assim faça o incêndio
cegamente crente
acreditou tanto
que acabou por se tornar teu próprio diabo
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