Tudo de Uma Vez.

Os desejos
Os fetiches
As loucuras
Os sonhos
Não posso pedir a mão de ninguém
Não posso levar ninguém comigo
Ainda assim preciso colocar na cabeça
Que eu nasci sozinha
E há de seguir sozinha
Pelo menos uma vez
Nesse grande capítulo
De um livro de tantos pequenos
Pode ser o fim
Ou apenas o começo
Me pego silenciosa
Intrigada
Encarando o quão babaca fui e sou
Ainda
Aprendo mas tenho longos momentos
de dúvida, de desespero
O que eu faço? Porque sou?
Tenho que seguir
Me encontrar
De vez
E todas as outras me celebrar.

Cadê a fagulha?
Empurrão.
Sim, sanidade
Na minha insanidade
É sempre assim, vem tudo de uma vez
Pelo menos um carinho surpreso significante
Mas vem e não há como sair desse arco-íris
Dessas estações, em que tudo há
Vida que corre
Idade que chega
Mundo que vai
Em busca de mim
De tudo
De uma vez.

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