Solidão.

Meus pensamentos evoluiram
Estão me deixando sem ar
Mas não como realmente deveria ser.
Me sinto perdida,
Percebo como sou babaca
Diante tudo
E cada um o qual divide algum dia.

Você não me conhece.
Não conhece os outros.
Não me conhece diante os outros.
Eu sou possessiva, agressiva,
Bicho feito pra ser livre
Mas que vive numa jaula
Quase sem espaço pra luz
Pra ar
Pra vida.

Não precisa me conhecer a fundo.
Você vai se arrepender.
Ou talvez se apaixonar
Muito erradamente.

É a solidão me trazendo loucuras
Loucuras as quais não quero mais participar
Foi só um saboreio
Uma curiosidade
Não pedi por mais
Eu acho.
Não me conheço como acho.
É uma merda que pra ser livre.
Eu precise de dinheiro.
Ou de espera.
Tempo pra esperar.
Pelo o quê exatamente?
Sou possessiva-agressiva curiosa.
O céu é logo ali, mas eu não consigo tocar.

É um oceano.
E eu sou a única nele.

Queria ficar tonta
Pra acordar e renascer
Ou pelo menos ter a desculpa para tal.

Preciso de coisas as vezes
Que nada nem ninguém é meu mordomo
Para me entregar.
Uma carência quase selvagem e aterrorizante
Outro lado de mim.

Eu quero gritar e ser ouvida.
Mas não há público, nem crentes,
Muito menos porto seguro.

Não há vida sem mim.
Não há mim sem vida.

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