Inferno Astral/De(vasta)(dor)a
Alguns exageros são necessários
Mesmo na dor
No amor
Aonde for
Saiba que de algum jeito,
Haverá uma lição. Aprendida, ou o contrário.
E nem sempre depende só de você.
Nesse vasto conhecimento
Tudo em abundância
Fartura
Fortuna
Seja saudável ou não
Há descrença
Há também uma devastadora forma de desvio
Tanto quanto essa vasta dor que sinto
Sempre por um fio, crio, coração, pressinto.
Algumas dores são necessárias
Da mesma forma, saímos cansados
Mas saímos mais espertos
Podemos ser imundos
Mas nunca páreos
A eles, que sempre nos querem moribundos
Não dá pra escolher o mundo no qual se habita
Pelo menos não por agora
Mas dá pra mudar, buscar, evoluir
Tudo isso uma forma de amor
Colorir do seu jeito pra sempre ou por hora
Esfria, esquenta,
Não deixa de vir
Causa tremor
Me causa toda.
Sendo bom ou péssimo
Doloroso até que sua permissão seja um nada
Há de haver lição
Pois uma vez eu estava encantada
E há de voltar, pois tudo volta quando há
Armação do destino
Amarração de esquina
Essa coisa de viver parece quase impossível
Mas ainda bem que tudo é possível
Mesmo nas suas profundezas oceânicas
Em intensidades mecânicas
Em sua maravilhosidade horrível
Tudo parece mais incrível
Outros ângulos
Outras vidas
Outros lados
Da vida
O canto das sereias
A estrela morta cadente
O pé apodrecido de coelho
Tudo pra te instigar
Te fazer acreditar
Te desejar como amante
Nessa história toda
Ninguém sai encontrado
A perdição, e toda sua atmosfera
Em dor, loucura ou apenas inferno astral
É necessária pra seguir em frente.
Mas lembre-se: cabeça erguida, apesar de tudo.
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