É Hora de Desistir.

Chegamos àquele ponto em que precisamos por um fim naquilo que só machuca. Como? Nem eu sei, sinceramente. Aos poucos vamos tentando por para trás de nós o que foi tão sonhado e nem tanto realizado. Não é hora de permanecer. Não é ele. Não é essa vida que ele quer, que nos quer. É difícil escrever isso. Pois tudo o que mais desejo neste momento é ele, em corpo material e espiritual. Eu achei até que o teria algum dia, em espera por um futuro em que caminhássemos juntos. Porém, além de ele não perceber todas as minhas entradas não pensadas, as investidas, as misérias em forma de abismo que conheci e confiei logo em seguida, eu fui me enfiando no que nem por um relance me almeja. Eu me iludi sozinha. E desci. Bem mais abaixo que nunca antes. Que nunca havia pensado em faze-lo. O que houve comigo? Nem eu sei. Só sei que eu poderia amá-lo de tanta paixão neste meu ser em forma de montanha russa. Depois disso tudo ele foi a única coisa que permaneceu. Infelizmente, apenas na minha cabeça. Todas as chamadas pelo nome dele não adiantaram. Sim, temos uma certa conexão, mas não é toda e ele não aceita as ligações. Então, de que adianta continuar profundamente apaixonada se nenhum fruto nasce dessas sementes jogadas? Isso só me deixa mal. Poderia, talvez até deveria, ser o contrário. Só que só na minha cabeça. Obrigada, lua em touro do dia por me deixar escrever o que tanto deixo para mais tarde. Por refletir que eu preciso me desprender daquilo que nem por um pouco se prendeu em mim. Se foi com a brisa daquela mesma noite em que beijamos a lua juntos. Apenas se foi. E eu sou uma qualquer para ele. Pelo meu canto de sereia, e os movimentos do meu quadril e barriga, talvez eu tenha ficado na mente dele. Mas com tudo o que tem acontecido, todo o cansaço e o ócio por alguma coisa que seja melhor para seguir em cima disto, como se fosse um foguete para alguma lua de Netuno, ele nem pensa na possibilidade. E eu tenho sido egoísta, preocupada com ele, me deixando levar. Queria tanto, mas tanto poder ajudar. E eu já tentei. E como já tentei. Porém, não adianta continuar segurando na presença do que não me quer por perto. Porém, tu nem imaginou que eu poderia estar louca por você. E eu falei: deixa quieto. Afinal, não faz diferença para tua vida. A imensidade disto na minha não equivale a uma gota de suor na sua. A evolução do feeling de um crush para um ardor. Estou me ferindo por tantas esperanças e poucas memórias baseadas na leve dança bêbada de teu ser. Com certeza eu ainda quero você com todo seus devaneios e virada surpresa ao toque dos lábios tão macios muito antes desejados. Tu se sente nada, eu te sinto tanto. Tu em esgotamento, eu em encanto, máximo. Mas não. Chega. Não posso mais fazer isso comigo mesma. Sofrer por aquilo que nem existe. Estou parando de te convidar para onde for. Estou me preparando para me impedir de chamar teu nome outra vez. Eu sou amor das cabeças aos pés por você, assim como incorrespondência. Estou cansada de abrir a mangueira de bombeiro por quem nada faz para acender a fagulha pro incêndio do redor, que dentro de mim eu mesma já gerei. Sozinha. De novo não. Não farei isso. Não prometo, mas estou tentando. Será difícil não derreter em frente de você. Mas como todos meus sentimentos, eu vou esconder. Eu te... deixo. Estou desligando os aparelhos que mantém essa paixão viva de mim para você. Agora, se ela acordar desse coma, não será por minha revivência. É hora de seguir em frente. Mesmo na tentativa de impedimento, manterei um souvenir de você. Para qualquer acaso. E não é por querer, é por não conseguir te esquecer.

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