ansiosa ansiedade

a ansiedade vem
e com ela traz destruição
cordas bambas
devastação
te poe contra a parede
e impede sua reação
seus pensamentos ficam desconexos
uma avalanche de tremores interiores
e sudorese exterior
a insegurança que era mínima ou mediana
se torna uma rocha gigante descendo o morro
respirar fundo ajuda
mas não resolve
principalmente com olhares e mais olhares
te analisando, julgando
o melhor é o tempo
e tentar mais do que tudo
reconhecer que a ansiedade ali faz
uma moradia curta
e não tem permissão para permanecer
perceber que ela usa seu corpo
abusa de sua mente
que manipula a sua culpa
nivelando conforme o próprio querer
apesar de tudo o que ela causa
apesar de pensar que essas ações impulsivas são partes sombrias de ti
apesar de todos os pesares que ela põe sobre suas costas
você não é ansiedade
eu não sou ansiedade
eu tenho ansiedade
e não é nossa culpa.

lute
corra
reflita
chore
respire
busque abrigo
em um ombro
no meio da floresta
dentro do seu quarto
em frente ao um espelho
e reconheça
perceba
veja
que ela é apenas um mecanismo defeituoso
que se apoderou de tua cabeça
e nada mais

somos tanto mais.

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