trava a língua mas não é um travalingua

não sabemos o poder da palavra
escrita à mão
ou falada 
gritada, muito menos
pensam que sabem 
nem mesmo ela cantada
o poder é sutil, mas não é senil
uma antiga sabedoria mau usada
trava a lingua dos inseguros
longe da brincadeira do travalingua
que ao invés de desafiar,
faz esquecer como põe os pensamentos pra fora

onde estão os sujeitos desta estrofe?
onde estão os sujeitos à serem mais uns?
foram-se todos desbravar outras linhas,
outras poesias
estão por aí,
ao vento
eu
tu
   nós 
         vós
               elas&eles

quem sabe quem são de verdade
nem os mesmos talvez

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