Minhas Sinas (Carnaval de Caos).
Lá no fundo,
Algo entre o coração, o pulmão e algum outro orgão que não sei distinguir,
Tem um aperto, como se fosse uma angustia,
mas é um saco de desejos
com eles bem apertados, sem oxigênio,
Me deixando como eles,
Tão sufocada que a paciência não chega a mim
Apenas a louca vontade de chorar lágrimas que não existem.
Às vezes tenho vontade de mandar tudo pra puta que o pariu,
Resolver finalmente deixar acontecer,
Sem interferência de modo algum
Para ver qual é o sabor, para sentir qual a visão.
Mas não adianta,
A corrida acirrada dentro de mim sempre aparece para atrapalhar, mudar, confundir tudo
Mais do que já está.
Eu não me importo
Com tanta coisa que chega a ser engraçado
Acabo me assemelhando a uma sociopata
Se não fossem os sentimentos sempre tão intensos,
eu seria até uma psicopata
Por exemplo, eu não me importo com os palavrões que coloco no lugar de palavras formais,
Nem com o que dizem sobre mim,
Nem se o jeito que me visto e me mudo não tem a ver com a moda ou a sociedade.
sou estranha, uma ogra, uma monstrinha. E disso, eu gosto.
Pois sou diferente, sou única do meu próprio jeito. E isso é o que importa.
Que eu me reconheça no espelho toda vez que o encarar, e que me procurar, querer me redescobrir.
Que eu me sinta viva. Da forma que for. Com sexo ou com amor.
Eu tenho tudo,
Só que minha mente brinca comigo
Não vai deixar eu ver, prestar atenção quando realmente for preciso
Vai deixar, ah vai, quando eu necessitar profundamente de um relaxamento
E tiver poucas horas para tal.
Eu roubo um pedaço de sentimento de outrem
Assim do nada
Apenas por gostar de ouvir e querer ajudar
apenas por querer viver a vida como eu acho que ela deve ser vivida:
desfrutando,
como um morango com chocolate. Como meu sorvete favorito com tudo que me é direito - e não.
E assim, eu me sinto a merda da mosca da merda do pangaré do bandido.
Eu quero pouco, mas eu desejo muito.
Aí o caos é trazido para esse carnaval sem sentido.
Eu gosto de surpresas
Mas o ruim é que eu espero muito
Eu imagino demais
Não sobra muito o que acontecer
Apenas sonhos como uma pilha de arquivos velhos e acumulados por transtorno.
Há muito, há pra caralho a acrescentar
Assim como há as coisas boas,
as minhas pequenas premonições,
que eu chamo de destinos.
Tudo isso em forma de catarse, são minhas sinas,
pertencem à mim de uma forma bem taurina (e tão sagitariana com uma derrubada canceriana de pimenta).
Sinas, insanidades, ensinamentos.
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