A Natureza Minimalista de Tudo O Que Você Pode Imaginar; Tutorial Básico de Como Desaparecer para Ler e Se Amar.
Porque eu sempre me culpo de tudo? E sempre depois de alguma forma expressar minha mente e tentar matar (na verdade alimentar) minha curiosidade mórbida e/ou preocupação. Pergunto algo, a pessoa responde, me arrependo em seguida. Pois a afirmação em retorno a mim foi tão tola, que eu poderia saber antes! Mas, racionalmente, eu não sabia da resposta. Eu quero ser adivinha. Assim não preciso fazer perguntas bobas, pois já saberei suas respostas. E assim, me preocupo mesmo com as grandes, e suas raízes, caule, flores. Ou deixo isso tudo pra lá e só vislumbro o florescer e o sol brilhando singelamente as pétalas, algumas, por causa do tempo ou clima, caindo em solenidade, talvez solidão, porém elas não se preocupam com tal sentimento. Afinal estão seguras de seu evanescer, de sua moribundez e fim. Não é necessário desespero, afinal elas não sentem como nós humanos em crise sentimos. Como a sensação de tudo nos toca e nos entra e nos derrama, e nos penetra mais e mais a cada vez a cada três, seis, triz, a cada 'olha o que eu fiz', a cada um de nós aprendiz, que se faz chafariz, inspira pelo nariz e expira pelo coração, e por vez, a mente em conjunto interligado, passando em seus meios pelas veias, arterias, poros, serás, porquês, que nos irriga como chuva, abre espaço, até purifica, mas não nos livra do que nos faz mal e não dá tutorial de como desaparecer como o calor sobe do chão ou o sol da manha esquenta os telhados, evaporando cada gota, poça em cada canto, entranha. Vivemos perdidos como dentes de leão no ar. Sem rumo mas que tem desejo de chegar. E tem desejo de mudar a visão de como era, apenas uma brisa sem espairecer, para um concerto, uma balé solo ou em conjunto destes caules arrepiados pomposos até que seus levíssimos cabelos se desfaçam no ar e preencham ainda mais a natureza minimalista. Que continuemos amando, sem possuir, e que haja mais retorno, mais cegos a enxergar. Além.
Pra que eu sempre me culpo de tudo? Para encher e transbordar e chorar e precisar gritar do alto de uma montanha e não ser capaz e sufocamento, afogamento terem que fazer parte mais do que já fazem pela rotina incessante mas cansativa diretamente como flecha certeira nos alvos que somos todos nós? Eu sou mais. Eu sou o auto-amor. Eu sou vivacidade. Agora diga isso, sem medo, em voz alta ou dentro de você, fechando os olhos ou encarando os mesmos no espelho. Acredite. Apesar de tudo. Sendo mais do que difícil, chegando na beira do impossível. Vai tudo ficar bem. Vai tudo melhorar. Essas coisas ruins vão cessar. Boas energias há de virem. E pelo imediatismo do desespero do cansaço do almejo da desistência pelo mergulho se perdendo em religiões diversas e sem deuses, porém mais verdadeiras e fortes do que qualquer uma imposta, bem como bosta jogada como torta em cheio na cara, por aí: que venham agora! Que se façam reais. A mim aos meus, e àquela paixão escondida que comecou como um simples e - ta bom, eu confesso - nada inocente crush. E esta um dia breve ainda será declarada, havendo reciprocidade ou não. Havendo medo, sim, da segunda possibilidade, mesmo já tão esperada, mas nunca suspirantemente sonhada. Vamos caminhando, por assuntos em um texto sobre a simplicidade intensa, sobre amor, sobre o exagero, sobre o desnecessário, sobre dentes de leão descabelados no chão, sobre mim, você ou qualquer um em algum lugar, sobre amar, sobre retornar, sobre precisar, sobre ir e talvez com certeza nunca mais voltar. Por um tópico ao desaparecimento em toda sua certeza e abismo, pois as horas passam e o cansaço que já era todo, só aumenta. Mas as coisas haverão de melhorar. Com um tempo, um chute ou um feitiço. Ou tudo junto. Afinal é assim que é a vida, não é? Nos perdemos, mas não somos perdedores. Somos perdições. Apenas se embebede na dose certa. E beije quem te faz suspirar. Abrace todo dia. Sorria para si e outrem. Nunca se sabe se algum destes estará precisando. Seja. Veja. Esteja. Agradeça. Evolua. Sem dúvida, somos todos luas. Entregue-se com um pé no sozinho confiante. Diga adeus sem desejos a fazer ou arrependimentos nesta máquina manual de bombear sangue. Se não fosse manual, não viveríamos sempre de novo a cada mergulho profundo numa noite escura da alma. E durma bem. Eu te amo. Que o sol renasça neste interior congelado teu. Que se (re)faça luz. Estarei sempre aqui. Desculpa, obrigada, com licença.
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