Multidão.
As pessoas confundem aprender algo com serem submissas a algo para conseguirem o que tanto querem ou precisam.
As pessoas modificam o que outras falaram para o próprio bem, para melhorar a auto imagem, para se sentirem melhores ou superiores.
As pessoas não ouvem quando mais precisam escutar, e assim se deixam levar pelo próprios pensamentos sem muda-los quando necessário.
As pessoas sobrevivem. E morrem. Sem viver primeiramente.
As pessoas não saboreiam a temperatura, nem o clima em um flerte, nem a sobremesa, nem o que elas próprias cozinharam. Não sentem a chuva. Não param a música para ouvir a orquestra da chuva.
As pessoas, ou não sentem ou sentem demais. O equilíbrio parece uma estrada impossível de se percorrer.
As pessoas usam seus orgulhos como atmosfera. Como se sem eles, elas não pudessem respirar.
As pessoas erram, e, mesmo sendo comum, não admitem seus erros. Não superam eles.
As pessoas vivem de passado. Ou de esperança. Se apoiam no que não existe. Mais. Ou nunca existirá.
As pessoas perdem seus bons anos com coisas pequenas e ruins. E não tem o super poder de voltar atrás e transformar ou consertar.
As pessoas insistem no que não é delas, nem nunca foi.
As pessoas usam possessividade como desculpa para estarem certas. Para não se sentirem só. Para com suas inseguranças.
As pessoas temem antes de sentirem o teaser da viagem.
As pessoas se deixam levar pelas coisas maléficas, porém as benéficas são ameaça.
As pessoas não experimentam antes de julgar e criticar. Não tem empatia antes de qualquer coisa. Não se precaveem.
As pessoas não se amam pelos detalhes. Pela sua risada. Pelo seu olhar. Pela sua voz. Pelas linhas em suas mãos. Pelas boas ideias.
As pessoas trocam amor por ego. Exploração por zona de conforto. Uma vida inteira por um tropeço.
As pessoas esquecem o que não doeu nelas. Mas lembram do que nunca aconteceu.
As pessoas gostam de receberem atenção. Seja por compaixão desmedida. Seja por drama. Seja por um carinho que gostariam de receber e não falam.
As pessoas gostam de serem frias para copiar quem veio antes. A moda do momento. O holofote do show.
As pessoas preferem se guardarem por completo ao invés de se abrir com cautela.
As pessoas causam traumas umas nas outras.
As pessoas culpam umas as outras por nada.
As pessoas param de amar de uma hora pra outra umas as outras.
As pessoas acabam sendo escravas enquanto poderiam se cuidar primeiro e durante.
As pessoas se inundam. Se enchem. Se furam. Se ferem. Se prendem. Se esquecem. Se entregam.
As pessoas confiam demais e não confiam em ninguém. Extremidades e intensidades são seus habitats.
As pessoas se encontram em grandes devaneios que não vão a lugar algum.
As pessoas jogam a culpa na astrologia, em alguma entidade, em um poder superior, nas outras. Menos em si mesmos.
As pessoas não terminam. Enterram.
As pessoas cavam as próprias covas.
As pessoas não conhecem harmonia e entendimento.
As pessoas mudam demais e não mudam em nada.
As pessoas não levam consigo a responsabilidade da própria vida.
As pessoas se arriscam no que cheira a perigo em seu todo.
As pessoas não se perdoam e não pedem perdão.
As pessoas se afundam em areia movediça.
As pessoas desejam demais e fazem de menos.
As pessoas dessa sociedade em evolução por involução.
As pessoas não vêem o que está há centímetros de seus olhos. E continuam apertando a tecla que não funciona.
As pessoas sofrem por outras e deixam outras sofrerem por elas.
As pessoas não tem jeito. Ou tem?
Falta amor.
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