formas e formatos.

quando você para por um momento de escrever textos em forma de poema ou poéticos da forma que for e começa a escrever textos sem quebras de linha é porque suas entranhas clamam por entranhar em outro ambiente, elas se encontram cansadas da rotina, do caos ao redor, ou do caos interior. esta é uma boa forma de tentar desabafar saindo do comum, falar sem precisar respirar e se perder o meio. pois respirar as vezes é difícil demais. sem saber como seguir em frente, como mudar o que já está mudado, pôr em outro formato, acrescentando, diminuindo, sem reter, sem afundar, sem mais escuridão. a que eu vivo, aprendi a me encontrar, mas isto não quer dizer que conseguiria me aprofundar na mesma. mais do que já fiz. não tenho medo, mas meu coração acelerado já me segurou e insistiu na interrupção. chega de perturbação. já tenho em demasia. ando pelas ruas com paranóias, influenciada pelos perigos que aumentam gradativamente, todos os dias, em qualquer lugar. observo outros pontos sorrindo, pois algo há de iluminar essa cabeça tão imaginativa. mundana sei que sou e não é isto que almejo alterar. o que realmente quero alterar não tenho o poder. por isto necessito sair pela porta e não voltar. não é fugir a palavra, é encontrar algum tipo de paraíso. sei que nada é perfeito e nem dura até a eternidade, mas é algo em que poderia me confortar em momentos do caos tão meu. ansiosos devaneios. andar sem procurar por perigo em 360º. calmaria para as ondas. contemplação às boas tempestades. queridas as ações rotineiras. uma noite estrelada sem neblina. o material é um passo lá na frente. agora só quero respirar aqui dentro.
sou a capitã do meu próprio navio. logo, preciso reequilibrar minha bússola.
para assim, avante.

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