Pés.

E meus pés vão sozinhos
sem muito esforço da minha mente
ainda com resquícios dormentes
Andam para frente,
já sabem o caminho
param para esperar o ônibus
a ansiedade toma uma das pernas
assim, acelera o cérebro
a imaginação
o coração
os sentimentos
Mas ainda enevoado.
Eles sentem o chão debaixo deles
mesmo calçados em borracha
Eles equilibram e aguentam o corpo pesado
como um cristal
renovado toda noite
em toda luz
solar ou lunar
em todo descanço
preparando-se para um novo dia.

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