auto-podium

as mesmices do dia se resultam em esgotamento
e isso é o que resta de mim neste instante
abuso do vampirismo
mal uso do orgulho
overdose de ignorância
superioridade superficial
ameaças vazias no lugar de algum argumento
doença
mania
problema
certeza
julga aquele a frente
e não vê por outro ângulo que está seguindo os passos deste
na esperança se tornar algo que já falha na tentativa.
cada coisa tem que funcionar do seu jeito,
se não, descarta.
a sabedoria não está em seu alcance
e nem quem está do seu lado
mas que você assombrou e possuiu
antes que pudesse pronunciar um talvez não.
rainha má da cocada preta
sua liberdade é uma prisão
algemas, cordas, fantasias
estupro de consciências
excessiva usança de incapaz
servindo apenas aos próprios interesses
não importando se prejudicará a quem convive
permissão não é um fator em
seu mundo de avarezas
é um câncer
que te come por dentro
e consome por fora
é um monstro
a involução de sua deterioração
e nunca pensou em se corrigir
assim como ninguém nunca teve a coragem de te dizer
que havia um erro na sua atualização
sua sede pela felicidade dos outros te faz uma
mariposa se matando pelo brilho da luz
enquanto eu, a abelha que se mata pelos seus
reconhecimento é outra palavra de tantas não existentes em seu dicionário
a inveja chega a sangrar pelos seus olhos
e outros orifícios
teu feitiço é o agouro
não acredita em karma, mas habita desde sempre em um
só o que bebe são as águas passadas
ao invés de ouvir e compreender que a mudança é normal e necessária,
atinge a própria cria para continuar no pódio que se pôs
seu esquecimento é sua falta de amor
carência de paz
demoniza o próximo
enquanto a maleficência é sua chave para todas as portas
empatia é um caminho nunca pisado
mil e uma personalidades desconhecidas
o espelho não está em sua rotina
estima própria fora de estoque
não teme as palavras que saem como facas afiadas no peito que é meu
aponta o dedo que se mete na vida que é minha
refletir é piada
transtornos são piada
minhas verdades são mentiras pra você
distorça mais tudo de todos
traga sua história da carocha no intuito,
permanente,
da piedade do outro pelos seus dias
use mais cada um que passar ao teu lado,
aqueles submissos do dia a dia
não abrem os olhos para a manipulação, apenas, que é você.
o gozo interrompido por não haver
qualquer e algum tipo de nirvana
te leva a um hospício interior
você teme sua própria imagem refletida em seu oceano
fantasmas da perdição no mais profundo atlantis de mentira.
os dejavu's de uma noite se resultam em minha fadiga e seu transbordamento
um silêncio ensurdecedor são as cinzas ao redor.
famigerada disfunção de ser.

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