Crises e Levezas.
às vezes tudo o que uma crise precisa
é se derramar pelos olhos de quem exorciza
tomar um banho de sol de meio de tarde
ouvir os pássaros na árvore mais alta
é silêncio de outrem
é respirar como se nunca houvesse respirado antes
novos ângulos
novos hábitos
nova reflexão
uma certa meditação
sobre tudo e todos
é desaparecimento
sair do controle de quem não te amorna
discutir não vai adiantar
o pânico é o espírito implorando por paz
gritos do lado atiçam o grito meu
eu sufoquei
fugi
mas não escapei
continuo aqui
tão perto mas tão longe
esgotada
claustrofóbica
agorafóbica
antropofóbica
aversão
a pressão
mais controle
regrados
sem oxigênio
nem espaço
para o vômito de palavras
ao descontrole
às verdades da vida
ao coração
de tudo
a fragilidade
leveza
inocência
e beleza
de um fio de cabelo
no busto de quem ama demais sem ser retornado
de quem vê o que os aquietados não vêem
de quem percebe
de quem nasceu
para ser livre.
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