contraditórios como eu
tempos assim
contraditórios
e a carta da morte estava certa, é claro
tudo estava prestes a se transformar
mais do que a transitoriedade normal
eis a loucura que habita em mim
tomando forma por fora
pela falta de escolha
pela prisão onde eu mais precisava de liberdade
tempos assim
que mais parecem que troquei de sonhos a noite com alguém em sua hiperatividade
240 km/h
e o freio que mal funciona
um passeio de montanha russa repentino
que eu adoro a sensação
mas que me traz a maldita ansiedade
um incêndio dentro de mim
como não sentia há não sei quanto tempo
e nessa contradição
me encontro tanto
assim como o medo me acha
e eu não consigo me esconder de vez
peças encontrando suas parceiras no jogo
e torres caindo
o cuidado para que a rainha não seja destruída junto
não de novo
essa liberdade que vem com um preço alto demais
a tempestade parece bela para quem é apenas mero espectador
eu sei que a calmaria virá
mas o tempo até lá é que me mantém prisioneira
esse peso sobre meus pulmões se faz firme
e ao puxar o ar com meu diafragma
vejo que não é o bastante
o que fazer
além de deixar acontecer
onde segurar para não cair
eu só queria poder ter o controle
e a força para levantar esse peso de cima de mim
e meu coração corre junto, sem parar
abraçar esse cavalo selvagem ou ser pisoteada
estas são minha opções
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