A Vida. (Venha)

A vida que eu carrego comigo tem estado boa, mas essa alma já está velha
Ela e suas tralhas
Todas guardadas aguardando o momento para desaparecer
e deixar que a felicidade entre, penetre, faça parte de mim.
Ah vida, essa vida tem estado boa, sim,
Tirando a loucura, que têm me atingido como uma flecha em cheio, a perfeita mira
Com todo meu passado passando do ponto,
É uma vida que não sai do porto
Que me acorda sem abrir meus olhos
Que me deixa inerte, sem flerte, algumas cores, faltando a principal, o verde.
A cor da natureza em mim.
A cor para um perfeito 'sim'.

Arrependimentos de longa data têm me assombrado como fantasmas em cima de mim
Sem dó alguma, sem inocência, sem sanidade.
Amores de longa distância tem me encantado como as estrelas mais brilhantes do céu da noite
Sem calmaria, sem pensar duas vezes, sem contar o tempo.

Ah, essa vida complicada, essa mente confusa, esse coração apertado
Ô alma, vê se acalma! E vive n'outro oceano, não tão profundo,
Não tão cheio dessas surpresas más, deixando-me assim, sem fôlego, sem luz, sem iniciativa própria.
Todos, cravando o desejo, gritando, sem voz, cortisol acima do limite.
Seja seguro, seja livre, não seja eu
E então,
Por favor, venha, passos de ballerina, harmonia de um beija-flor, com as cores de todos os arco-íris
Sim, venha, venha me preencher com algo para me fazer satisfeita, contente, conectada.

Venha me fazer sorrir de verdade, vida
Por dentro, assim como por fora
Inspirações, poesias, pensamentos a menos, é uma vitória
Faça o horizonte me chamar, faça com que as surpresas maravilhosas me alcancem,
Faça com que eu esteja bem e seja melhor comigo mesma e com os meus.
Venha ser uma parte de mim, como um dia a infãncia já fez.

Venha, mas venha mesmo.

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