Resiliência.
você fala tanto de suas tristezas, vazios e outras decadentes cadências 
implora em cada letra
lenta ou ansiosa
de cada novo texto
cuspido ou desfeito e refeito
por um amor leve 
novo ou velho, importa? 
contanto que te complete
mas você mesmo não se preenche com seu próprio amor
se nega e nega quem te preza 
na tua sensitividade escondida há uma certa vigilância sobre si, em brandura 
vivendo em fervura, não interrompe o momento para a própria compenetração  
você precisa saber que egocentrismo nas horas vagas não é amor.
o mundo não gira unicamente ao teu redor 
e ele não é de todo teu 
teus olhos precisam alcançar outros horizontes
avançar fronteiras e outros estorvos
teus fardos não são só seus
não é preciso carregá-los a todo tempo 
fraquezas não somos, temos 
e é normal
assim como forças pra continuar
a franqueza do olhar decidido 
ao invés desse teu doce, porém friamente perdido 
suas inspirações se tornaram marketing e trabalho planejado
não te conheci antes, e não preciso
na sua energia há constante inconstância 
reconheça-se
desvende-se
revele-se à tua resiliência. 
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