A carne moribunda/a alma esgotada

desgaste mental e sentimental
que reflete no físico seu
e agora, no meu também 

eu não consigo não me importar
mesmo com tanta auto destruição tua até aqui
e eminente nas próximas páginas 

você não consegue equilibrar os pratos
mas acha que sustenta todo o peso do seu caos
e que sabe lidar de forma constante 

enquanto não enxerga 7 palmos dentro de si
enquanto tão inconstante no auto controle
enquanto tão obcecado por desempenho

ignorando o que seus monstros fazem
reprimindo grande parte de si
mas no canto, transcreve uma crítica social

consumindo o que te consome visceralmente
mas de tão normalizado,
não age de acordo com o desejo de mudar 

desse jeito,
sua escuridão
sempre vai ganhar

não há como mudar o que o tremor de terra causou
mas eu, tola, não quero desistir 
apesar de todas as bandeiras vermelhas pelo caminho

o que eu estou fazendo?
o que você está se tornando?
qual a decepção a seguir?

as cortinas caíram
ali no palco, a carne moribunda exposta
e a alma esgotada que clama por ajuda
buscando no exterior o que tanto lhe falta no interior


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