Bêbados da Vida.
Jogar fora todo o lixo,
tudo o que não serve mais,
não mais é necessário,
não mais meu e o que nunca foi
Porque assim como um ser saudável,
eu preciso de coisas novas e de
pequenas coisas antigas,
Tudo o que me deixe confortável,
ao invés de sufocada, presa a correntes inexistentes na realidade.
De fato,
algumas vezes,
o ruim vem primeiro, para nos testar,
Nos fazer alerta,
para não desperdiçar o que vem de bom,
Não brincar com o glitter e a serpentina à toa,
e todo esse fogo sem saber como.
Bem vindo à vida,
ao seu inferno astral, ao seu paraíso,
À liberdade de ser e amar e ir em frente.
Bêbada disso tudo, todos bêbados,
Uma tontura fora do comum,
boa e ruim,
dependendo do momento,
Oscilações, tornados, alcançável-apenas-ao-olhar arco-íris.
Bêbada por essa estrada,
eu continuo, dirigindo
não posso escapar do que faz parte
e mesmo que no fundo queira dar a louca e desaparecer,
Tenho consciência.
Bebendo do amargo chocolate e comendo da doce pitanga,
É bem perceptível que
a vida é toda trocada, trincada, com seus trocadilhos,
Armas, armários, armarinhos, armadilhas, armaduras
E nada puro ar.
Respire,
Abra os olhos deixando-os fechados,
Respire.
Tudo sempre se organiza.
Pois a vida é a montanha russa,
A qual nunca pára,
só engana quando está subindo,
Andando devagar pelos trilhos,
e sem nos deixar provar antes,
Assusta, surpreende, traumatiza.
Assim, jogue fora todo o peso,
Todo o lixo,
Para diminuir a intensidade desnecessária e o tudo o que puder ser amenizado,
Porque nós sempre estaremos bêbados.
Bêbados da vida.
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