Alivia(dor).

Eu quero sentir uma conexão e esta, ser recíproca. Porém, infelizmente, não estou nem perto disso. To é no abismo, em queda livre. Sem paraquedas. Sem ninguém lá embaixo para me pegar no colo. A cada dia minha esperança se esvai pelo ralo mais um pouco. A espera por algo bom e verdadeiro. Nesta vida ainda - que não tem cooperado como deveria. É só dizer que estou bem, que tudo desmorona novamente. O que está acontecendo? Eu sei que estou acordada porque a dor é eminente. E os tapas na cara — nem se fala.
Pela primeira vez eu queria algo como esses filmes lindos de bosta de comédia romântica, tirando os super clichês (pelo menos), alguém que fique comigo mesmo no meio dessa merda, que a atravesse comigo. Que lute por mim. Que sinta em reciprocidade o que eu sinto por este alguém. Que olhe em meus olhos e lá no fundo eu sinta que esta pessoa compreende e me conforta. Que me abrace. Que seja livre. Que seja libélula. Que me envolva quando eu estiver chorando ou a ponto de chorar. Que segure minha mão. Que me motive quando eu não conseguir nem a pau. Que me faça rir aquele riso gostoso, aquela crise de riso vinda'lma. Que me surpreenda. Que seja surpreendentemente louco. E eu sentirei em igualdade e verbo de intensidade. Que seja como um vinho tinto e seco: rascante, saboroso, melhor ainda com o tempo, aliviador. Que dure. Mesmo que tenha que haver um fim. Que vá em paz. Que haja amor. Que haja deleite. Que haja.

Mas será que é pedir demais assim?

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