Insolúvel Avalanche.
Eu paro. Encarando o nada. Uma harmonia em ansiedade. Difícil de explicar. Mais difícil ainda de sentir. Não sei o que é mais difícil. Não sei o que sinto.
Só sei sentir. Uma forma de deixar fluir. Sem controles, sem correntes, sem caos por fora, pois este se alastrou e dominou na parte de dentro.
Como pode existir duas pessoas completamente diferentes assim? A bondade e o maléfico. A esperança e a desistência. O olhar doce e o desespero no olhar. Uma que se orgulha mesmo com todos os males, e a outra que dramatiza se vitimizando na mais culpada falta. Isso machuca. Isso desperta a realidade com um soco bem dado. E o silêncio se faz em mim, enquanto grito por dentro. Os que ouvem, me causam lar. Os que fecham os ouvidos são os que nunca mudarão, nunca darão um passo pra frente. Nunca verão o outro lado da moeda. Sempre reclamarão do verão enquanto o sol nos conforta depois da ventania gelada de mais um inverno. O inferno que eles causaram é muito pior. É um inverno em absoluto. Nada solúvel. E sua resolução é avalanche.
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