Não Me Use Mais.

Eu estou cansada de ser usada. Já permiti demais. E não me satisfiz até agora. Me escondo atrás de uma ninfomaníaca de mentira. Exagero para não me entenderem errado. E chega que no fim, eu to pouco me fodendo. Cadê as pessoas que são carinhosas por natureza? Que se preocupam? Que estão do seu lado? Que querem te ver bem? Que fazem um cafuné mesmo depois de apenas um sexo? E depois do sexo. E do nada. Olhos que reconheçam uma compreensão, como a minha própria. Não quero miserinha. Sou imersa demais pra isso. E eu não estou falando de grude. Por favor, detesto protótipos a chiclete. Prefiro o chiclete original. Masco, perdeu o sabor, jogo fora. Seria eu uma romântica a moda antiga com uma pitada de moda moderna? Não quero algo meu. Vamos parar com essa possessividade. Quero aquele tempo vago aconchegante. Para quem ir quando tudo desmorona. Quando o bloqueio de criatividade não deixa eu vir me expressar aqui. Quando eu só quero um abraço, bem apertado e demorado. Que neste abraço aja a tal compreensão. Selado com um beijo que permaneça como boa memoria. Pode até trocar o abraço por cafuné. Tinha me esquecido como essa praga era boa. Quase que vicia. De um jeito bom, claro. Quero uma amizade colorida. Um relacionamento. Mas sem rótulos. Sem prender. Detesto ciúme. Além de ser insegurança do outro ir e vir sem o seu controle (olar possessividade obsessiva), é um sentimento de ação mais do que negativo. Ai, não. Sai pra lá. Quero ser livre. Só quero viver. Esse modo sagitariano. A lua que toca no mar, ela me toca, e câncer estava passando por ela quando eu resolvi aparecer nesse teatro dos horrores. Ansiosa que só eu, nasci antes do esperado. Adiantada. Atrasada. Quase nunca na hora. Esse meu sobrenome com certeza é um sarcasmo com a minha pessoa. Quer me desafiar. Chamar pro fight. S.e.m.p.r.e. Aí olha pro nada, e fica carente. Com fome. Com vontade de transar. Tudo ao mesmo tempo. E olha que essa lasagna é muito gostosa. Porém só quando há o principal para acompanhar: o molho.