A Writing About Why We Did Not Die In Our Suicides.
há duas formas de falar sobre as tentativas de suícidio que não deram certo.
uma:
'como eu sou fraca
nem pelo menos me matar consigo
essa podre carniça que não chama mosca
não deixa paz à essa alma nem em seu jazigo'
duas:
'definitivamente não era para ser
eu sou muito mais do que forte
tenho ainda tanto para ascender
não é a hora da minha dança com a morte'
minha visão ao horizonte, é panorâmica
a miséria só vive nos que praticam a superfície
comigo, apenas uma das páginas é planície
e infelizmente, é aprendizado, não genética
apesar de tudo, ainda há amor
o único que não vai me abandonar
que faz companhia à solidão de minha dor
tudo o que eu quero parece não mais importar
apesar dos meus pesares
se tu pensares
o quanto dói
além disso, isso me corrói
não quero ser a única a ver
sua mão na minha é só um querer
quase um dos romances de Tolstói
estamos perto de onde tudo nos destrói
nossos corpos errantes
não são errados
o que eles nos dizem
é pra sobreviver, um rude dizimo
temos, cada um, quantas descobertas?
pelo o que podemos nos apoiar?
e se nenhuma vez houver acertos?
o que vai me motivar?
esse chão gelado
essa cama em abstinência
um 'não devia ter confiado' chorado
sou uma substância
estupro de vulnerável
e não somos todos?
sua ânsia incontrolável
e não temos todos?
nos controlamos
até que haja aquele que vai sem pensar
nos amamos
até que haja aquela que vai transpor em seu odiar
tanto horror
nessa peça de teatro realista e diária
colorido incolor
essa paisagem exibida vulgar e contrária
nunca serei um dos paradigmas
sou demais talvez
depende da sua mente mais uma vez
agora leia meus estigmas
meus pensamentos
sem acalentos
minha fortaleza
em sua destreza
sou tanto que sou nada
e onde fica meu caz
se encontrar, me traz
na forma que eu estiver, seja importante, seja 'que se foda'
esses quatro
em meia luz cantos
do quarto
sem paz em seus entantos
e aquele fim
em indagações e afirmativas, enfim
cheio de começos e meios
em tantos suspiros e anseios
sou uma das poetas
que tentou o suicídio
que vomitou palavras escritas
e escorregou em seus insídios
sou aquela que talvez sobreviva
se, é claro, primeiro, se sentir viva
cansada de sufocar
eu definitivamente só quero respirar
só não queria pensar que - sou cetim ao invés de seda -
tanto faz
'poema vivo mas tão moribundo que se suicida'
aqui jaz
uma:
'como eu sou fraca
nem pelo menos me matar consigo
essa podre carniça que não chama mosca
não deixa paz à essa alma nem em seu jazigo'
duas:
'definitivamente não era para ser
eu sou muito mais do que forte
tenho ainda tanto para ascender
não é a hora da minha dança com a morte'
minha visão ao horizonte, é panorâmica
a miséria só vive nos que praticam a superfície
comigo, apenas uma das páginas é planície
e infelizmente, é aprendizado, não genética
apesar de tudo, ainda há amor
o único que não vai me abandonar
que faz companhia à solidão de minha dor
tudo o que eu quero parece não mais importar
apesar dos meus pesares
se tu pensares
o quanto dói
além disso, isso me corrói
não quero ser a única a ver
sua mão na minha é só um querer
quase um dos romances de Tolstói
estamos perto de onde tudo nos destrói
nossos corpos errantes
não são errados
o que eles nos dizem
é pra sobreviver, um rude dizimo
temos, cada um, quantas descobertas?
pelo o que podemos nos apoiar?
e se nenhuma vez houver acertos?
o que vai me motivar?
esse chão gelado
essa cama em abstinência
um 'não devia ter confiado' chorado
sou uma substância
estupro de vulnerável
e não somos todos?
sua ânsia incontrolável
e não temos todos?
nos controlamos
até que haja aquele que vai sem pensar
nos amamos
até que haja aquela que vai transpor em seu odiar
tanto horror
nessa peça de teatro realista e diária
colorido incolor
essa paisagem exibida vulgar e contrária
nunca serei um dos paradigmas
sou demais talvez
depende da sua mente mais uma vez
agora leia meus estigmas
meus pensamentos
sem acalentos
minha fortaleza
em sua destreza
sou tanto que sou nada
e onde fica meu caz
se encontrar, me traz
na forma que eu estiver, seja importante, seja 'que se foda'
esses quatro
em meia luz cantos
do quarto
sem paz em seus entantos
e aquele fim
em indagações e afirmativas, enfim
cheio de começos e meios
em tantos suspiros e anseios
sou uma das poetas
que tentou o suicídio
que vomitou palavras escritas
e escorregou em seus insídios
sou aquela que talvez sobreviva
se, é claro, primeiro, se sentir viva
cansada de sufocar
eu definitivamente só quero respirar
só não queria pensar que - sou cetim ao invés de seda -
tanto faz
'poema vivo mas tão moribundo que se suicida'
aqui jaz
Comments
Post a Comment